CRIAÇÃO DE PEIXES ORNAMENTAIS, DÁ LUCRO?

02/01/2012 13:34

 

"Peixe ornamental é beleza que dá lucro, principalmente em Minas Gerais, maior
produtor do país. O negócio está em franca ascensão, com grande demanda no
mercado interno e externo, mas o sucesso dessa atividade do agronegócio de
aquacultura (produção de animais e plantas aquáticas) está reservado para as
pessoas dispostas a trabalhar com profissionalismo". 
Os peixes ornamentais, coloridos e geralmente de pequeno porte, destinam-se ao
povoamento de aquários e pequenos lagos. Desde o Egito antigo existe o costume
de colocar peixes em grandes tanques de vidro para a observação do
comportamento desses animais, o que pode ter efeito relaxante. De acordo com
relatos do viajante Marco Polo, no século XIII os chineses tinham esse hábito,
mas apenas 300 anos depois surgiram aquários na Europa Ocidental. Da França,
os peixes ornamentais se espalharam para o resto do mundo no século XX, com
sua grande apresentação, no Brasil, para os visitantes da Exposição da
Independência, realizada no Rio de Janeiro em 1922.


Os maiores criatórios de peixes ornamentais estão
localizados na Zona da Mata, onde o município de Muriaé se destaca com cerca
de 300 produtores. Da região saem, todas as
semanas, encomendas para atender compradores estabelecidos num raio de até
1.400 quilômetros, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Brasília,
Goiânia e parte do Sul do Brasil. O maior volume é vendido para São Paulo, que
também comercializa com outros Estados e exporta grande quantidade de peixes
ornamentais para a América do Sul, América do Norte e diversos países da
Europa.
"Oferecemos para o Brasil e o mundo cerca de 70 variedades, como Beta, Kingyo,
Guppy e Carpa Colorida, produzidas para atender a um mercado cada vez mais
exigente", Nos criatórios, a qualidade da água é de
fundamental importância. O manejamento dos peixes também precisa ser bem-feito
e a ração merece atenção especial, os empreendedores
interessados em investir no setor devem se preparar para montar estruturas bem
equipadas e estufas protegidas de predadores e de eventuais alterações de
temperatura, porque os peixes são muito sensíveis. "Aqueles que seguirem as
normas de produção começarão a obter o retorno de seus investimentos em seis
ou oito meses, quando os peixes alcançam tamanho comercial", completa.
De acordo com o secretário de Agricultura, Silas Brasileiro, "no agronegócio
da aquacultura, como nas demais cadeias do negócio agrícola e pecuário, existe
uma exigência cada vez maior de profissionalização, tendo como referência
principal produzir para atender a mercados previamente definidos." Ele explica
que, para facilitar esse trabalho, a Secretaria criou em cada Câmara Técnica
do Cepa um Comitê Gestor, formado por especialistas da própria Seapa e de suas
vinculadas (Emater-MG, IMA, Epamig e Ruralminas) que definem planos setoriais
para orientar o trabalho dos grupos.


Silas Brasileiro considera que, no caso da aquacultura, o governo de Minas
Gerais, por intermédio da Secretaria de Agricultura, corresponde à
recomendação feita pela  Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) para estimular a produção de peixe que atenda ao consumo
anual de 16 quilos de peixe por habitante. A produção de peixe de água doce em
Minas Gerais é da ordem de 8 mil toneladas por ano, ou 5% da produção
nacional. Segundo o secretário, "a meta estabelecida pela Secretaria até 2010
é uma produção de 23 mil toneladas de peixe por ano, no Estado, em uma área de
4,5 mil hectares."
Orientações sobre a produção, aquisição de equipamentos e insumos, bem como
para a comercialização de peixes e outros produtos da aquacultura poderão ser
obtidas por meio de uma página que está sendo criada pela Câmara Técnica do
setor para integrar o site da Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento. Haverá também informações condensadas sobre legislação,
crédito, consultoria, relação dos parceiros com endereços da Secretaria que
dão suporte ao desenvolvimento do agronegócio da aquacultura, entre outros. 

 


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